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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ciência »
Hominídeos se adaptaram para comer capim e garantiram a evolução da espécie
 
Australopithecus bahrelghazali, hominídeos que viveram há cerca de 3 milhões de anos, se adaptaram para comer capins. Com isso, espécie expandiu seu território e aumentar suas chances de sobrevivência
Estado de Minas
Publicação: 13/11/2012 21:55Atualização:


Aparência do A. afarensis, contemporâneo do A. bahrelghazali: diversidade territorial (AP PHOTO/MICHAEL STRAVATO/AP - 28/8/07)
Aparência do A. afarensis, contemporâneo do A. bahrelghazali: diversidade territorial

Entre os diversos aspectos que permeiam a história da evolução humana, a alimentação certamente foi responsável por uma série de modificações adaptativas que garantiram a continuidade das espécies. Em um artigo publicado ontem na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Arqueologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido, desvendou uma inesperada característica da dieta dos Australopithecus bahrelghazali, hominídeos que viveram há mais de 3 milhões de anos: eles se alimentavam de gramíneas e capins.

Os A. bahrelghazali são considerados os mais obscuros australopitecíneos, devido ao pouco material fóssil encontrado até hoje. O estudo britânico se tornou possível graças ao material encontrado em 1993 pelo paleontólogo francês Michel Brunet, em Bahr el Ghazal, no Chade. A partir da análise da concentração de isótopo de carbono nessas peças, os pesquisadores revelaram que, ao contrário de outros grandes primatas, a espécie se alimentava de plantas C4, cujo principal representante na época eram plantas rasteiras. “O resultado sugere que os primeiros hominídeos eram capazes de reconhecer e explorar novos alimentos desde muito cedo na história evolutiva. Isso não só lhes permitiu explorar muito hábitats como também marcou a diferença entre eles e os seus primos: os grandes primatas”, explica ao Correio Julia Lee-Thorp, principal autora do artigo.

Segundo ela, as conclusões foram surpreendentes, pois esse tipo de vegetação disponível em campos abertos era pouco acessado pelos grandes primatas, que habitavam florestas e bosques e se alimentavam principalmente de frutas. O que se esperava, portanto, era que os A. bahrelghazali tivessem um hábito alimentar semelhante, mas, pelo visto, não era isso que ocorria. Ao se adaptar a esse tipo de comida, a espécie pôde ampliar seu território.

A principal diferença entre as plantas C3 e C4 está na eficiência metabólica de cada grupo para fixar dióxido de carbono (CO2) e transformá-lo em glicose. “Apesar de que cerca de 90% da biomassa terrestre vir das plantas C3, no geral, as C4 são mais eficientes no aproveitamento de água, além de possuírem um ponto de saturação luminosa mais alta, ou seja, realizam fotossíntese em áreas com excesso de incidência luminosa com maior eficácia do que as C3”, esclarece o biólogo Danilo Vicensotto Bernardo, do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da Universidade de São Paulo (USP). Isso significa que as plantas C4 suportam melhor áreas mais secas e com forte incidência solar. Atualmente, um exemplo de planta C4 importante para a dieta de muitas populações humanas é o milho.

Para Bernardo, como o continente africano sofreu severas mudanças ambientais entre 4,5 milhões e 2,5 milhões de anos atrás, resultando em um processo de savanização, fica claro que a oferta de plantas C4 naquele momento tornou-se mais abundante. “Os hominíneos capazes de consumir esses vegetais desfrutaram, ainda que momentaneamente, de um nicho ecológico mais abundante do que aquele disponível aos indivíduos que só consumiam plantas C3. Evolutivamente, tal característica é pertinente, pois representa uma vantagem na aquisição de energia”, reforça. Dessa maneira, ao consumir essas plantas, os A. bahrelghazali aproveitaram os recursos disponíveis de maneira mais eficiente.

Variabilidade
O tipo de técnica usada no estudo tem permitido aos cientistas aprender muito sobre a alimentação dos ancestrais do homem. Mercedes Okumura, pós-doutoranda do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP), explica que a divisão de espécies dos australopitecíneos era antes feita em gráceis (que incluíam o Australopithecus afarensis, o A. bahrelghazali e o A. africanus) e robustos (A. boisei, A. robustus e A. aethiopicus). Essa separação estava relacionada à morfologia craniana e à dieta adotada pelas criaturas. “Dividíamos de forma simplista: os gráceis comiam alimentos menos duros (e de melhor qualidade) e os robustos, aqueles que demandavam maior mastigação (e de pior qualidade). Atualmente, graças aos estudos de isótopos, sabemos que há uma imensa variabilidade na dieta desses hominíneos, e que não há uma regra definida em termos da morfologia e da dieta”, diz.

Para Okumura, o estudo revela a ocorrência de diferenças importantes nos ambientes explorados pelas várias espécies de Australopithecus. Segundo ela, as regiões habitadas pelos A. bahrelghazali eram bastante diferentes das dos Australopithecus afarensis, homídeos que viviam na mesma época no leste da África, onde a vegetação era muito mais fechada. “Esses diferentes hábitats puderam ser explorados pelos australopitecíneos devido a adaptações na ecologia alimentar, incluindo uma dieta baseada fortemente em plantas C4, no caso do A. bahrelghazali, ao passo que outros australopithecus tinham dietas bastante diferentes, baseadas em plantas C3”.

Sobre os próximos passos do estudo sobre os hábitos dos ancestrais humanos, a pesquisadora Julia Lee-Thorp revela que deseja traçar uma comparação das taxa de C4 entre os vários hominídeos que viveram no mesmo período do Pleistoceno para avaliar o quanto de variabilidade alimentar existiu em toda a África. “Nós também gostaríamos de ver outras espécies analisadas, porque nós não achamos que atingimos a origem da inserção dos recursos C4 na alimentação dos hominídeos.” O estudo da Universidade de Oxford recuou para mais de 1,5 milhão de anos a data em que se acreditava que as plantas C4 passaram a fazer parte da dieta dos australopitecíneos, já que, até então, o registro mais antigo referia-se aos A. boisei, que datam de 2 milhões a 1,4 milhão de anos.

Palavra de especialista

Mercedes Okumura - pós-doutoranda do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP

“A importância dessa descoberta é enorme, dado que antes do advento dos estudos de isótopos estáveis e suas implicações na dieta dos seres vivos, geralmente inferíamos a dieta desses fósseis através de análises bastante indiretas. Estudávamos a morfologia dos ossos do crânio, especialmente as partes mais relacionadas com a mastigação e processamento os alimentos (mandíbula e maxila, dentes, músculos ligados à mastigação); estudávamos as marcas microscópicas deixadas pela mastigação (“estrias”) na superfície dos dentes; ou até mesmo lançávamos mão de estudos paleoambientais, na tentativa de inferir o que esses indivíduos consumiam. Atualmente, todas essas análises podem ser conjugadas com a análise de isótopos estáveis, que nos dá um panorama mais completo e preciso acerca da dieta dessas criaturas.”
Esqueleto de mamute é descoberto na França
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 06/11/2012 15:22Atualização: 07/11/2012 12:00
Parte de um esqueleto de mamute, num sítio arqueológico em Changis-sur-Marne. Foto:  Loic Venance/ AFP Photo
Parte de um esqueleto de mamute, num sítio arqueológico em Changis-sur-Marne. Foto: Loic Venance/ AFP Photo
O esqueleto quase completo de um mamute, que teria vivido entre 200.000 e 50.000 anos antes de Cristo, foi descoberto em um sítio arqueológico perto da Picardia, norte da França.

Os ossos de tamanho impressionante foram descobertos no verão (europeu) passado por ocasião da escavação de um sítio galo-romano em Changis-sur-Marne, perto da cidade de Meaux, pelo Instituto de Investigação Arqueológica Preventiva (Inrap), que apresentou a descoberta nesta terça-feira à imprensa.

Foram reconhecidos um fêmur, duas presas, uma mandíbula e quatro vértebras ligadas aos omoplatas inferiores.

A análise dos ossos deve permitir traçar a história do mamífero, que tem sido chamado de "Helmut" pela equipe de escavação, embora não esteja claro se o esqueleto é de um macho ou de uma fêmea.

A descoberta excepcional também ajudará a esclarecer as ligações do mamute com o homem: por exemplo, investigando se ele morreu de morte natural, ou foi capturado.

No sítio também foram encontrados pedaços de silex que parecem ter sido usados para cortar a carne do animal, disse o cientista responsável pela escavação, Gregory Bayle.

Os arqueólogos já foram capazes de demonstrar que se trata de um animal jovem, com idade entre 20 e 30 anos.

O grupo também irá tentar explicar a presença no mesmo local de elementos de um segundo esqueleto de mamute, um úmero e um fragmento de presa.
Science »
Ancestral humano andava como homem mas subia em árvores como macacos
Publicação: 26/10/2012 08:52 do pernambuco.com
Há mais de três milhões de anos, os ancestrais dos humanos caminhavam eretos, mas ainda conseguiam subir em árvores como os macacos, indica um estudo publicado esta quinta-feira na revista científica americana "Science".

Dois omoplatas extremamente bem preservados de um hominídeo similar à famosa Lucy, o primeiro ancestral bípede conhecido do 'Homo sapiens', que tem 3,5 milhões de anos, mostram que esta espécie continuava também vivendo em árvores, segundo estudo publicado esta quinta-feira nos Estados Unidos.

Os dois omoplatas fossilizados de uma menina 'Austrolopithecus afarensis', a espécie a que pertence Lucy, indicam pela primeira vez que estes hominídeos estavam bem adaptados morfologicamente para subir nos galhos.

O esqueleto completo de um deles, que viveu há 3,3 milhões de anos, batizado como "Selam", foi descoberto no ano 2000 na Etiópia.

"A questão de se o Austropithecus cujo primeiro espécime, Lucy, foi descoberto em 1974 na Etiópia, era estritamente bípede ou continuou evoluindo nas árvores, era objeto de debate há 30 anos", explicou David Green, professor de paleobiologia da Universidade Midwestern em Illinois (norte dos Estados Unidos), um dos principais autores destes trabalhos publicados na edição de 26 de outubro da revista Science.

"Estes omoplatas fossilizados proporcionam um indício sólido de que estes indivíduos continuavam subindo nas árvores neste estágio da evolução humana", acrescentou.

"Subiam para fugir de predadores ou por comida", explicou Green.

"Quando comparamos o omoplata da menina australopithecus aos membros adultos da mesma espécie, é evidente que as características de desenvolvimento se parecem mais com as do macaco", emendou.

Ao mesmo tempo, "muitos traços dos ossos do quadril, dos membros inferiores e dos pés dos austrolapithecus, que permitiam o bipedismo, se parecem sem equívoco à espécie humana", prosseguiu o pesquisador.

Green explicou que ainda não se sabe quando os humanos deixaram de subir em árvores.

"Esta descoberta confirma o lugar chave ocupado por Lucy e o menino Selam na evolução humana", acrescenta Zeresenay Alemseged, da Academia de Ciências da Califórnia, outro autor do estudo.

O 'Austrolapithecus aforensis' representa, na evolução, uma nova espécie de hominídeo, muito diferente da anterior, como o 'Ardipithecus ramidus' ou Ardi, que não caminhava ereto ou não o fazia de forma permanente.

Para Zerenesay Alemseged, "esta descoberta permite progredir na nossa busca por determinar quando nossos ancestrais pararam de subir em árvores para se tornar estritamente bípedes: parece que isto ocorreria muito mais tarde do que pensava um grande número de pesquisadores".

David Green explica à AFP que o 'Homo erectus', um ancestral do 'Homo sapiens' que vivia há 1,9 milhão de anos, tinha uma morfologia que o fazia mais similar aos humanos e parece ser, até o momento, a primeira espécie estritamente bípede.

"Mas infelizmente entre Lucy, que viveu há 3,5 milhões de anos, e o 'Homo erectus', temos um longo período desconhecido que tentamos compreender com fósseis", disse.
Há três milhões de anos, hominídeos caminhavam eretos, mas ainda subiam em árvores como macacos (AFP/Lealisa Westerhoff )
Material de parasitologia
 
 
 
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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Menino de 11 anos descobre restos de mamute no norte da Rússia
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 05/10/2012 15:50Atualização:
Pesquisadores posam em 25 de setembro ao lado dos restos de um mamute encontrados no norte da Rússia. Foto: AFP/Ho
Pesquisadores posam em 25 de setembro ao lado dos restos de um mamute encontrados no norte da Rússia. Foto: AFP/Ho
Um menino de 11 anos descobriu os restos de um mamute em um estado de conservação excepcional enquanto passeava com seu irmão às margens do rio Yenisei, no norte da Rússia, informou nesta sexta-feira à AFP um cientista especialista neste paquiderme extinto há vários milhares de anos.

A descoberta, divulgada esta semana, aconteceu em agosto, perto do Golfo de Yenisei, às margens do Oceano Ártico, na península de Taimyr, onde o animal foi preservado no permafrost, explicou Alexei Tikhonov, diretor do museu zoológico de São Petersburgo.

"Um menino de 11 anos de idade, Jenia Evgueni Salinder, passeava junto com seu irmão às margens do Yenisei. Ele sentiu um cheiro desagradável e viu algo que sobressaía: eram as patas do mamute", contou Tikhonov.

"Este é um espaço aberto onde as tempestades causam a erosão da margem do rio e, por isso, o mamute foi libertado", acrescentou o especialista.

"O esqueleto está quase completo, inclusive se pode ver o coração inteiro na caixa torácica. Pode-se dizer que é o mamute do século", afirmou o cientista, estimando que o valor da descoberto só é superada por um exemplar encontrado em 1901.

Tikhonov acredita que a causa da morte do mamute tenha se devido ao fato de o paquiderme ter perdido uma de suas defesas.

"Aos 15 anos, os mamutes entravam no período de reprodução e a matriarca os excluía da manada. Esta é a idade mais difícil, com uma grande quantidade de estresse, uma importante taxa de mortalidade. Assim acontece com os elefantes", explicou.

Os restos do mamute foram levados de helicóptero a Dudinka, principal cidade da península de Taimyr, onde é mantido em um depósito escavado no solo congelado, afirmou o diretor do museu zoológico.

"Temos a intenção de levá-lo para São Petersburgo ou para Moscou para estudá-lo", acrescentou.

"Demos ao mamute o nome do menino que o encontrou, Jenia", acrescentou.

O menino que fez a descoberta pertence a uma família de nômades autóctones, os Nenets.

"São pessoas das tundras, caçadores ou pescadores que têm uma vida difícil. A mãe do menino morreu há pouco tempo dando à luz. Esperamos que sua família receba uma recompensa", afirmou Tikhonov

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Nova espécie de macaco 'loiro' é descoberta na África

'Cercopithecus lomamiensis' é tímido, herbívoro e tem corpo magro. Primata anda em grupo e é encontrado em floresta do Congo.

Rafael Sampaio Do Globo Natureza, em São Paulo


Cientistas descobriram uma nova espécie de macaco nas florestas da República Democrática do Congo (RDC), na África. Conhecido pela população local como macaco-lesula, o animal tem grandes olhos cor-de-mel, rosto e peito cobertos por pelos loiros, com pelagem levemente negra no topo da cabeça e tom mais escuro nos ombros, braços, patas e no corpo.
Batizado de Cercopithecus lomamiensis, em referência à bacia do rio Lomami, no Congo, onde foi encontrado, o animal é parente do macaco cara-de-coruja (Cercopithecus hamlyni), de acordo com o estudo, publicado no periódico científico "PLoS One" nesta quarta-feira (12).
Macaco 'loiro' é tímido, tem corpo esguio e é herbívoro, segundo cientistas (Foto: Reprodução/"PLoS One")
Macaco 'loiro' é tímido, tem corpo esguio e é herbívoro, segundo cientistas (Foto: Reprodução/"PLoS One")
A pesquisa aponta que o animal vive tanto no chão quanto em árvores e tem uma dieta basicamente herbívora. Os cientistas usaram aparelhos GPS para marcar a exata localização dos espécimes encontrados, incluindo macacos mortos por caçadores locais, leopardos e águias.

Os primeiros dados científicos sobre estes primatas foram coletados em junho de 2007, quando uma fêmea jovem da espécie (que até então era desconhecida) foi encontrada em uma jaula em uma escola primária em Opala, cidade da República Democrática do Congo.
O animal tem porte médio, corpo magro e o rosto parcialmente livre de pelos, avaliam os cientistas. Quanto mais jovem o primata, mais loira é a pelagem que cobre o seu corpo.
Macho adulto da espécie recém-descoberta 'Cercopithecus lomamiensis' (Foto: Reprodução/"PLoS One") 
Macho adulto da espécie descoberta 'Cercopithecus
lomamiensis' (Foto: Reprodução/"PLoS One")
Tímidos
Estes macacos são tímidos e, entre os encontrados na região estudada do Congo, são os menos comuns  - de 223 observações de primatas feitas pelos cientistas durante o estudo, apenas 19 foram de "macacos loiros" ou macacos-lesula.
Os machos tem corpos maiores do que as fêmeas, dizem os pesquisadores. Para se comunicar, os animais emitem um grande guincho de baixa frequência sonora, similar aos seus parentes, os macacos cara-de-coruja.
Os macacos-lesula são encontrados em áreas de floresta úmida e tropical. Eles não foram identificados em savanas ou áreas de mata alagada, de acordo com o estudo.
Em geral os animais foram identificados em grupos, seja com indivíduos de sua espécie ou com outros primatas. Nos 19 encontros ocorridos durante o período de estudos dos cientistas, 48 primatas desta espécie foram vistos, sendo que 17 deles estavam no chão quando foram flagrados.
Os animais são pacíficos e fugiram na maior parte dos encontros com os cientistas, registra a pesquisa. Os cientistas registraram que a espécie é comum na bacia do rio Lomami, tendo sido identificada seguidas vezes em uma área de 17 mil km². Eles apontam que o lesula era até agora desconhecido por haver pouca pesquisa científica na região em que o animal foi encontrado.
Os bandos de "macacos-loiros" podem reunir cinco indivíduos ou mais. Geralmente são encontradas fêmeas jovens acompanhadas de um macho adulto. A nova espécie foi descoberta por uma equipe de cientistas de várias instituições, como a Universidade Columbia, a Universidade da cidade de Nova York, o Museu de História Natural (todas nos Estados Unidos), a Sociedade Lukuru para Pesquisa da Vida Selvagem e a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem do Congo (ambas no Congo).
Filhotes do primata macaco-lasula capturados em região da República Democrática do Congo (Foto: Reprodução/"PLoS One")
Filhotes do macaco-lesula capturados na República Democrática do Congo (Foto: Reprodução/"PLoS One")
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Evolução »
DNA lança luz sobre primos misteriosos do homem
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 31/08/2012 16:18Atualização:
Exposição na França sobre o Homem de Neandertal. Foto: AFP/Arquivo/Pierre Andrieu
Exposição na França sobre o Homem de Neandertal. Foto: AFP/Arquivo/Pierre Andrieu
Um fragmento de osso encontrado em uma caverna da Sibéria lançou luz sobre a odisseia genética de um grupo enigmático de humanoide chamado homem de Denisova, ou denisovaniano, anunciaram cientistas nesta quinta-feira.

A existência dos denisovanianos só veio à tona em 2010, graças a um pedaço do osso do dedo e dois molares escavados na Caverna de Denisova, nas montanhas Altai, no sul da Sibéria, e datados de cerca de 80 mil anos.

Mas como era a aparência destes humanos e o que aconteceu com eles continuou um mistério.

Nada se sabia, a não ser que foram contemporâneos dos neandertais - outra espécie "prima" do 'Homo sapiens', que pode ter sido extinta com a chegada do homem moderno ou, dizem alguns, se miscigenou com ele.

Antropólogos alemães realizaram o que chamam do estudo mais completo e preciso do DNA do homem de Denisova, graças a uma minúscula amostra do osso de um dedo.

Ele mostra que o dedo pertenceu a uma menina e a comparação dos cromossomos herdados de sua mãe e seu pai sugere que os indivíduos pertenciam a um grupo com vínculos muito estreitos, já que há poucos sinais de grande disseminação genética.

Mas uma comparação do genoma com o de 11 humanos modernos de diferentes partes do mundo sugere que eles podem ter se espalhado por regiões da Ásia.

As populações modernas das ilhas do sul da Ásia, incluindo Papua Nova Guiné, compartilham genes com eles, incluindo variações que são associadas a pele escura, cabelos e olhos castanhos.

Mesmo assim, a semelhança genética do homem de Denisova com o 'Homo sapiens' é limitado, segundo o artigo, publicado na revista americana Science.

A comparação aponta para 100 mil mudanças no genoma do 'Homo sapiens' desde o reinado dos denisovanianos.

Muitas delas são associadas com a função cerebral e o desenvolvimento do sistema nervoso, e outras podem afetar a pele, os olhos e a forma dos dentes.

"Esta pesquisa ajudará a determinar como as populações humanas modernas se expandiram dramaticamente em tamanho assim como em complexidade cultural, enquanto os humanos arcaicos foram diminuindo em número e acabaram extintos fisicamente", explicou o chefe das pesquisas, Svante Paabo, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, leste da Alemanha.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Silds sobre Flores e Frutos

http://www.4shared.com/office/0EmqrDv8/FLOR_e_FRUTO.html

bons estudos

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Novo anfíbio anuro é descoberto em reserva da Mata Atlântica do Paraná
Publicação: 02/08/2012 20:19Atualização:
Uma nova espécie de anfíbio anuro - rãs, pererecas e sapos - foi descoberta no bioma Mata Atlântica da Reserva Natural Salto Morato, em Guaraqueçaba, no Paraná, espaço de preservação mais ameaçado no país. O Brachycephalus tridactylus foi encontrado há cinco anos, mas somente no último mês de junho foi oficialmente declarado como nova descoberta em artigo da revista internacional Herpetologica.

O animal foi achado pelo biólogo Michel V. Garey na reserva Salto Morato, administrada pela Fundação Grupo Boticário. A pesquisa recebeu apoio da fundação por meio de parceria com o Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação (PPGECO) da Universidade Federal do Paraná.

O especialista aprofundou as análises para comparar a anurofauna (diversidade de rãs, pererecas e sapos) de três diferentes estágios sucessionais de vegetação (Capoeira, Capoeirão e Mata primária) da Floresta Atlântica da Reserva Natural Salto Morato. No total, foram registradas 42 espécies pertencentes a nove famílias. Porém, cinco delas foram encontradas em outros ambientes que não fizeram parte da amostragem e nesse grupo está o sapo Brachycephalus tridactylus.

O anfíbio anuro só vive acima de 900 metros de altitude, possui coloração alaranjada, pequeno tamanho (menor que 1,5 centímetros) e apenas três dedos nos membros anteriores, por isso do nome B. tridactylus (três dedos).
Oficialmente, pelo planeta, existem mais de 6,7 mil espécies de anfíbios. O Brasil é o país com maior diversidade do mundo. Estima-se que existam cerca de 946 espécies. Somente no Paraná são conhecidas mais de 120 tipos de anuros.

Descobertas em Salto Morato

Brachycephalus tridactylus é a segunda nova espécie descoberta na Reserva Natural Salto Morato. Em 1994, os pesquisadores Mário de Pinna e Wolmar Wosiacki encontraram a espécie de peixe Listrura boticario. O artigo que descreve o peixe foi publicado em 2002. Esta espécie, do grupo dos siluriformes, o mesmo ao qual pertencem os bagres, pintados e mandis, foi descrita com base em um único exemplar encontrado em uma poça marginal a um rio de corredeira na Floresta Atlântica, na Reserva Natural Salto Morato.

Em seus 2,2 mil hectares, a Reserva Natural Salto Morato protege a rica biodiversidade e também tem um centro de pesquisas com alojamento e laboratório para oferecer suporte aos pesquisadores. Mais de 80 pesquisas já foram realizadas no local, incluindo teses de doutorado, dissertações de mestrado e monografias de especialização, em assuntos diversos como biologia e ecologia de espécies de fauna e flora, análise do manejo da reserva, visitação, trilhas, ecoturismo, bem como os que diretamente embasam as ações de manejo do patrimônio natural da Reserva.

Por meio das iniciativas de conservação da natureza apoiadas pela Fundação Grupo Boticário, dentro da Reserva Natural Salto Morato e em diversas outras regiões do Brasil, já foi possível descrever mais de 40 novas espécies de animais e plantas. Em 21 anos de atuação, US$ 11.7 milhões foram doados para 1.306 iniciativas de 456 instituições de todo o país.


Com informações da Fundação Grupo Boticário
Fóssil deve ajudar cientistas a entender como artrópodes desenvolveram asas
Roberta Machado - Correio Braziliense
Publicação: 06/08/2012 17:22Atualização:
Muito antes do surgimento das espécies que deram origem ao homem, os insetos já davam grandes saltos na escala evolucionária. Acredita-se que os primeiros artrópodes voadores tenham surgido há mais de 300 milhões de anos, quando outros animais ainda davam os primeiros passos fora da água. A forma como essa evolução ocorreu, no entanto, sempre foi um mistério. Agora, a chave para entender como os insetos levantaram voo pode estar em um fóssil de apenas 8mm, descoberto na Bélgica e descrito na revista científica Nature desta semana: o Strudiella devonica. O espécime, que viveu há aproximadamente 365 milhões de anos, é o primeiro representante identificado da época em que se estima que a transformação tenha ocorrido.

Entre os fósseis de insetos já documentados, os pesquisadores nunca haviam conseguido encontrar algum que tivesse vivido entre 325 milhões e 385 milhões de anos atrás. Estima-se que esse buraco evolutivo, chamado de Lacuna Hexapoda, localizado entre os períodos Devoniano e Carbonífero, guarde o segredo da evolução entre os insetos terrestres e os alados. Assim, esse quebra-cabeça de 60 milhões de anos acaba de ganhar sua primeira peça. A pequena criatura de seis pernas, antenas longas e cabeça pequena lembra uma traça de livro. E suas características se assemelham às de insetos voadores.
Descoberto fóssil quase completo de inseto com 365 milhões de anos
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 02/08/2012 00:26Atualização:

Cientistas do Museu Nacional de História Natural da França anunciaram nesta quarta-feira a descoberta do primeiro fóssil completo de um inseto pré-histórico com 8 milímetros de comprimento, tórax separado da cabeça e do abdôme, três pares de patas e 365 milhões de anos.

O fóssil do 'Strudiella devonica', que teria existido no período Devoniano Superior, foi descoberto pela equipe de André Nel em um sítio da localidade de Strud (província de Namur), na Bélgica. Sua descoberta foi tema de uma publicação, esta quarta-feira, da revista científica britânica Nature.

"É o primeiro fóssil quase completo do período Devoniano", afirmou André Nel à AFP. "Foi nesta época que estes animais começaram a se diversificar, a conquistar as terras emersas", acrescentou.

"É um marco, uma testemunha" que confirma as datações moleculares (feitas a partir do estudo de DNA), segundo as quais "os insetos são muito antigos", explicou.

Até agora, os únicos restos fossilizados de insetos deste período eram duas mandíbulas encontradas na Escócia.

O 'Strudiella devonica' vem, assim, fazer a ponte entre o 'Rhyniella praecursor', com 400 milhões de anos, colêmbolo considerado um parente próximo dos insetos, e o período Carbonífero (entre 300 e 330 milhões de anos), rico em fósseis de insetos de todo tipo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

DESEQUILÍBRIO AMBIENTAL
Ibama reavalia uso de agrotóxico após desaparecimento de abelhas
Agência Brasil
Publicação: 26/07/2012 17:58Atualização:
 
Mesmo na ausência de levantamentos oficiais, alguns registros sobre a redução do número de abelhas em várias partes do país, em decorrência de quatro tipos de agrotóxico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na agropecuária brasileira, principalmente para as culturas de algodão, soja e trigo.

Além de reduzir as formas de aplicação desses produtos, que não podem ser mais disseminados via aérea, o órgão ambiental iniciou o processo de reavaliação das substâncias imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil. Esses ingredientes ativos foram apontados em estudos e pesquisas realizadas nos últimos dois anos pelo Ibama como nocivos às abelhas.

Segundo o engenheiro Márcio Rodrigues de Freitas, coordenador-geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, a decisão não foi baseada apenas na preocupação com a prática apícola, mas, principalmente, com os impactos sobre a produção agrícola e o meio ambiente.

Estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), publicado em 2004, mostrou que as abelhas são responsáveis por pelo menos 73% da polinização das culturas e plantas. “Algumas culturas, como a do café, poderiam ter perdas de até 60% na ausência de agentes polinizadores”, explicou o engenheiro.

A primeira substância a passar pelo processo de reavaliação será o imidacloprido, que responde por cerca de 60% do total comercializado dos quatro ingredientes sob monitoramento. A medida afeta, neste primeiro momento, quase 60 empresas que usam a substância em suas fórmulas. Dados divulgados pelo Ibama revelam que, em 2010, foram comercializadas quase 2 mil toneladas do ingrediente no país.

A reavaliação é consequência das pesquisas que mostraram a relação entre o uso desses agrotóxicos e a mortandade das abelhas. De acordo com Freitas, nos casos de mortandade identificados, o agente causal era uma das substâncias que estão sendo reavaliadas. Além disso, em 80% das ocorrências, havia sido feita a aplicação aérea.

O engenheiro explicou que a reavaliação deve durar, pelo menos, 120 dias, e vai apontar o nível de nocividade e onde está o problema. “É o processo de reavaliação que vai dizer quais medidas precisaremos adotar para reduzir riscos. Podemos chegar à conclusão de que precisa banir o produto totalmente, para algumas culturas ou apenas as formas de aplicação ou a época em que é aplicado e até a dose usada”, acrescentou.

Mesmo com as restrições de uso, já em vigor, tais como a proibição da aplicação aérea e o uso das substâncias durante a florada, os produtos continuam no mercado. Juntos, os agrotóxicos sob a mira do Ibama respondem por cerca de 10% do mercado de inseticidas no país. Mas existem culturas e pragas que dependem exclusivamente dessas fórmulas, como o caso do trigo, que não tem substituto para a aplicação aérea.

Nesta quarta-feira (25/7), o órgão ambiental já sentiu as primeiras pressões por parte de fabricantes e produtores que alertaram os técnicos sobre os impactos econômicos que a medida pode causar, tanto do ponto de vista da produção quanto de contratos já firmados com empresas que fazem a aplicação aérea.

Freitas disse que as reações da indústria são naturais e, em tom tranquilizador, explicou que o trabalho de reavaliação é feito em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Ministério da Agricultura – órgãos que também são responsáveis pela autorização e registro de agrotóxicos no país. “Por isso vamos levar em consideração todas as variáveis que dizem respeito à saúde pública e ao impacto econômico sobre o agronegócio, sobre substitutos e ver se há resistência de pragas a esses substitutos e seus custos”, explicou o engenheiro.

No Brasil, a relação entre o uso dessas substâncias nas lavouras e o desaparecimento de abelhas começou a ser identificada há pouco mais de quatro anos. O diagnóstico foi feito em outros continentes, mas, até hoje, nenhum país proibiu totalmente o uso dos produtos, mesmo com alguns mantendo restrições rígidas.

Na Europa, de forma geral, não é permitida a aplicação aérea desses produtos. Na Alemanha, esse tipo de aplicação só pode ser feito com autorização especial. Nos Estados Unidos a aplicação é permitida, mas com restrição na época de floração. Os norte-americanos também estão reavaliando os agrotóxicos compostos por uma das quatro substâncias.
PANGEA
Cientistas estudam semelhanças geológicas entre África e América do Sul
Agência Brasil
Publicação: 30/07/2012 22:26Atualização:
 
Após cinco anos de estudos, pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Africa do Sul, Austrália, Alemanha, França, Portugal, Uruguai e Argentina desvendaram as semelhanças geológicas entre os continentes africano e sul-americano. Eles pesquisaram a correlação dos terrenos que formam a parte oeste da África com o leste da América do Sul.

Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP) Miguel Basei, coordenador do estudo no Brasil, foi possível definir inúmeros locais do oeste da África que, ao redor de 500 milhões de anos atrás, estavam unidos a seus congêneres sul-americanos. “São terrenos  que eram contínuos, mas foram separados quando da abertura do oceano Atlântico. Essa identificação foi um dos pontos centrais de nossa pesquisa”, declarou Basei.

Pelas simulações feitas, em computador, é possível prever como a dinâmica de movimento dos continentes desenhará o planeta no futuro. Segundo o pesquisador, em 50 milhões ou 100 milhões de anos, haverá uma nova distribuição dos continentes com fusões e fissões das massas continentais atuais. Esse processo, que está em curso, inclui, o aumento da distância entre Brasil e África, com o oceano Atlântico se abrindo cada vez mais”, ressaltou.

Essa abertura dos continentes teve início há 130 milhões de anos e segue gerando reflexos em toda porção leste da América do Sul. Um exemplo é a criação das bacias onde foram descobertos, recentemente, os poços de petróleo do pré-sal. Basei explica que esses fenômenos, porém, ocorreram em época mais recente do que a abordada pelos projeto. Apesar de não contemplar o período de estudo do projeto, o cientista lembra que a dissipação de energia gerada por esses processos recentes utilizam-se das feições mais antigas. “É importante conhecer a estruturação anterior para sabermos como no futuro elas poderão vir a influenciar este processo”, disse.

Portanto, a previsão de terremotos e vulcões, embora não tenha sido alvo da pesquisa, tem relação com o estudo evolutivo feito sobre os terrenos. Na Cordilheira dos Andes, explica Bassei, houve um 'mergulho' das placas oceânicas por baixo do continente sulamericano. “Esse processo gera vulcanismo e os terremotos, mas isso é porque lá o processo é distinto geologicamente do que ocorre no lado que diz respeito ao Brasil”.

Além da comparação geológica entre os dois continentes, os pesquisadores estudaram a forma como a América do Sul evoluiu. Ela cresceu em sua extremidade oeste por expansão de terrenos. “Antes da evolução dos Andes, que é uma cadeia de montanhas jovem, nós tivemos inúmeros terrenos que não se formaram na América do Sul, mas que se juntaram a ela em torno de 450 milhões de anos atrás”, conta o pesquisador.

O projeto permitiu a montagem de dois laboratórios que contam com equipamento de última geração: o Shrimp, sigla em inglês para microssonda iônica de alta resolução, e o Laicpms constituído por uma fonte de laser acoplada a um espectrômetro de massas. Ambos permitem a determinação da idade de minerais presentes nas rochas analisadas, forma usada pelos cientistas para caracterizar terrenos de épocas tão distantes. Segundo Basei, o mineral utilizado durante a pesquisa foi o zircão, que tem urânio em sua constituição. Ele conta que, com o tempo, o zircão se desintegra para o chumbo por força da radioatividade. A medição da quantidade desses elementos permite, assim, aos cientistas descobrirem a idade da rocha.

Participaram do estudo 17 pesquisadores brasileiros (11 do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, 01 da Universidade Estadual de Campinas, 02 da Universidade Federal do Paraná, 01 da Universidade Federal de Pernambuco e 01 do Serviço Geológico do Brasil) e 12 cientistas estrangeiros (01 dos Estados Unidos, 02 da Africa do Sul, 01 da Austrália, 01 da Alemanha, 01 da França, 01 de Portugal, 02 do Uruguai, e 03 da Argentina).
Cupins idosos em colônias se autoexplodem para proteger resto da colônia
Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Publicação: 28/07/2012 02:00Atualização:
Cupim suicida: espécie subterrânea vive na região neotropical. Quinze subtipos são encontrados no Brasil. Foto: R. Hanus/Divulgação
Cupim suicida: espécie subterrânea vive na região neotropical. Quinze subtipos são encontrados no Brasil. Foto: R. Hanus/Divulgação
No mundo dos insetos, a razão supera a sensibilidade. Os indivíduos mais velhos, que já não conseguem fazer o duro trabalho dos operários, são mandados para o front. A lógica: de alguma forma, é preciso colaborar com o grupo. Como as mandíbulas gastas dificultam a alimentação, eles se tornam um fardo. O jeito de resolver isso é mandá-los para fora do ninho, onde podem, ao menos, ajudar na proteção dos demais. Os bravos “idosos” assumem a nova tarefa e, tal como os pilotos camicases da Segunda Guerra Mundial, se sacrificam pelos outros. Na presença do inimigo, eles explodem, lançando no ambiente substâncias tóxicas e venenosas.

A última missão de uma espécie de cupim foi descrita na edição de hoje da revista Science. Um grupo de pesquisadores da República Tcheca, da Bélgica e do Japão estudou o comportamento suicida dos Neocapritermes taracua, que vivem na região neotropical, inclusive, no Brasil. O autossacrifício não é uma exclusividade dessa espécie. Outros insetos têm ação semelhante, como as formigas camicases, do sudeste asiático. Elas contêm uma substância tóxica dentro do corpo e, em situações de risco, se explodem para lançar o veneno que imobiliza o predador. Também asiático, o cupim Globitermes sulphureus primeiro captura o inimigo com a mandíbula para, então, romper glândulas de seu abdômen, que produz uma substância amarela e tóxica. Além de matar o adversário, esse líquido tem um cheiro que ajuda a avisar os outros sobre o perigo.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

DEVASTAÇÃO
Efeitos do El Niño fizeram que corais parassem de crescer há 4 mil anos
Max Miliano Melo -
Publicação: 06/07/2012 15:54Atualização:
Os corais do Panamá foram escolhidos pelos pesquisadores para a análise. Foto: Richard Aronson/Nature/Divulgação
Os corais do Panamá foram escolhidos pelos pesquisadores para a análise. Foto: Richard Aronson/Nature/Divulgação
Os recifes de corais estão entre as estruturas mais importantes para o equilíbrio na vida nos oceanos. Estima-se que 25% de toda a vida marinha vivam nessas formações calcárias, que abrigam até 9 milhões de espécies de animais, vegetais e micro-organismos. Uma pesquisa divulgada na edição de hoje da revista científica Science mostrou que, há cerca de 4 mil anos, essas estruturas-chave dos mares entraram em colapso. O El Niño, fenômeno que leva água quente para o Pacífico Oriental, fez os corais pararem de crescer por até dois milênios. A descoberta ajuda a entender o que pode acontecer com as estruturas atuais caso as mudanças climáticas não sejam freadas.

Para chegar à essa conclusão, os pesquisadores utilizaram regiões mortas de corais. “Com tubos de alumínio, extraímos registros históricos que remontam 6 mil anos atrás, o tempo total de vida dos recifes até agora”, explica Richard Aronson, diretor do Departamento de Ciências Biológicas da Flórida. Depois de analisar as amostras e a datação das diversas camadas de coral, os pesquisadores conseguiram determinar o processo de evolução dos recifes. “Descobrimos que os recifes cresceram rapidamente no início, há cerca de 6 mil anos, mas eles pararam de crescer abruptamente”, completa o especialista norte-americano.
Risco de extinção
Comissão baleeira proíbe a caça de cetáceos a nativos da Groenlândia
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 05/07/2012 16:19Atualização:
As caudas de duas baleias de 35 toneladas presas num barco pesqueiro no litoral norte de Feykjavik. Foto: Halldor Kolbeins/AFP/Arquivo
As caudas de duas baleias de 35 toneladas presas num barco pesqueiro no litoral norte de Feykjavik. Foto: Halldor Kolbeins/AFP/Arquivo

O organismo internacional que regula o comércio e a caça de baleias negou nesta quinta-feira uma proposta da Dinamarca para estender os direitos de caça de baleias aos povos aborígenes da Groenlândia.

Isso significa que os nativos da Groenlândia não poderão caçar nenhuma baleia depois que terminar sua cota no final de 2012.

Em um resultado que surpreendeu alguns observadores, os demais membros da União Europeia votaram contra a Dinamarca na reunião anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI) realizada no Panamá, depois de não se chegar a um acordo para reduzir os limites de captura propostos.

Delegados e ambientalistas expressaram sua preocupação pela venda extendida de carne de baleia na Groenlândia, uma região autônoma da Dinamarca, e consideraram que isso evidencia uma caça comercial encoberta e não uma pesca de indígenas para sua subsistência, permitida na moratória sobre a caça comercial vigente.

A Dinamarca propôs que os povos indígenas da Groenlândia pudessem caçar até 1.326 baleias entre 2013 e 2018, incluindo dez baleias corcundas por ano, um leve aumento em relação a um acordo estabelecido há dois anos depois de prolongadas negociações.

A iniciativa foi apoiada por 25 nações e obteve 34 votos contra e três abstenções. Os representantes da Dinamarca e Groenlândia expressaram sua indignação e sugeriram que estão pensando em deixar a comissão.
Higgs admite não saber para que serve a "partícula de Deus"
Agência O Globo
Publicação: 06/07/2012 21:10Atualização:
 
Centro das atenções nos últimos dias após o anúncio, na quarta-feira (04), da descoberta de uma nova partícula subatômica com características compatíveis com o bóson que previa existir, o físico Peter Higgs admite “não ter ideia” de qualquer aplicação prática para o achado. Em sua primeira grande entrevista depois que cientistas trabalhando no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) confirmaram a descoberta do bóson, apelidado “partícula de Deus”, Higgs, de 83 anos, voltou a dizer que ficou feliz com ela ter acontecido enquanto ainda está vivo e destacou a dificuldade que seria para os teóricos o caso se sua previsão não tivesse se confirmado.

"A partícula só vive por um período muito curto, um milionésimo de milionésimo de milionésimo de milionésimo de segundo, então não sei como isso pode ser aplicado a qualquer coisa útil", disse. "Não tenho ideia de como criar uma aplicação para alvo com uma vida tão curta".

Perguntado sobre a longa espera para que o bóson fosse descoberto, 40 anos desde a publicação de suas ideias, em 1964, Higgs contou nunca ter deixado de acreditar que estava certo.

"A existência desta partícula é tão crucial para a compreensão do resto da teoria (do Modelo Padrão da Física, que busca explicar o Universo em escala quântica) que era muito difícil para mim imaginar como ela poderia não estar lá", afirmou.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cientistas descobrem partícula subatômica inédita

Experiências apontam que essa pode ser a chamada 'partícula de Deus'.
Novas pesquisas são necessárias para afirmar que este é o bóson de Higgs.

Tadeu MeniconiDo G1, em São Paulo
Info busca bóson de Higgs VALE ESTE (Foto: arte/G1)
Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (4) a observação de uma partícula subatômica inédita até então. Eles veem fortes indícios de que se trate do “bóson de Higgs”, a “partícula de Deus”, única partícula prevista pela teoria vigente da física que ainda não tinha sido detectada em laboratórios, e que vinha sendo perseguida ao longo das últimas décadas.
Pela teoria, o bóson de Higgs teria dado origem à massa de todas as outras partículas. Se sua existência for confirmada, portanto, é um passo importante da ciência na compreensão da origem do Universo. Se ele não existisse, a teoria vigente deixaria de fazer sentido, e seria preciso elaborar novos modelos para substituí-la.
“Eu não tenho muita dúvida de que, na física de partículas, é o evento mais importante dos últimos 30 anos”, afirmou Sérgio Novaes, pesquisador da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), que faz parte da colaboração CMS. "Eu acho que é um momento histórico que a gente está vivendo", completou.
Apesar do grande impacto na física teórica, a descoberta ainda não representa um avanço direcionado a nenhum campo específico da tecnologia.
'Partícula de Deus'
O “bóson de Higgs” ganhou o apelido de “partícula de Deus” em 1993, depois que o físico Leon Lederman, ganhador do Nobel de 1988, publicou o livro “The God Particle” (literalmente “a partícula de Deus”, em inglês), voltado a explicar toda a teoria em volta do bóson de Higgs para o público leigo. Ainda não há edição desse livro em português.
A nova partícula tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas os físicos ainda não afirmam com certeza que se trate da “partícula de Deus”. Para isso, eles vão coletar novos dados para observar se a partícula se comporta com as características esperadas do bóson de Higgs.
Maior máquina do mundo
O anúncio foi feito em Genebra, na Suíça, sede do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês). As conclusões foram baseadas em dados obtidos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), acelerador de partículas construído pelo Cern ao longo de 27 quilômetros debaixo da terra, na fronteira entre a França e a Suíça.
Essa máquina, considerada a mais poderosa do mundo, foi construída especificamente para estudos de física de partículas, e a descoberta desta quarta é a mais importante que já foi feita lá.
Dois resultados, uma conclusão
A descoberta foi confirmada por especialistas do CMS e do Atlas, dois grupos de pesquisa independentes que fazem uso do LHC. Apesar de usarem o mesmo acelerador de partículas, as duas colaborações científicas trabalham com detectores diferentes e seus resultados são paralelos.
Os cientistas medem a massa das partículas como se fosse energia. Isso porque toda massa tem uma equivalência em energia. Se você calcula uma, tem o valor das duas. A unidade de medida usada é o gigaelétron-volt, ou "GeV".
No anúncio, o CMS disse que observou um “novo bóson com a massa de 125,3 GeV” – com margem de erro de 0,6 GeV para mais ou para menos – “em 4,9 sigmas de significância”. Esses “sigmas” medem a probabilidade dos resultados obtidos. O valor de 4,9 sigmas representa uma chance menor que um em 1 milhão de que os resultados sejam mera coincidência. Por isso, os cientistas consideram esse número como uma confirmação da descoberta.
Paralelamente, o grupo Atlas afirmou que “exclui a não-existência de uma partícula com a massa de 126,5 GeV, com a probabilidade de 5 sigmas”. A pequena diferença entre os números dos dois grupos -- de 125,3 GeV para 126,5 GeV -- não é considerada significativa pelos físicos.
Em 2011, pesquisadores dos dois grupos de pesquisa do Cern já haviam “encurralado” o bóson de Higgs, quando identificaram a faixa em que encontrariam a partícula – a massa estaria entre 115 GeV e 130 GeV.
Na última segunda, pesquisadores norte-americanos também tinham encontrado “forte evidência” da existência da partícula, em experiências com um acelerador próprio, o Tevatron.
Ilustração de uma colisão entre partículas promovida pelo acelerador LHC. É com experimentos como esse que os cientistas estudam partículas como o bóson de Higgs (Foto: Cern)
Ilustração de uma colisão entre partículas promovida pelo acelerador LHC. É com experimentos como esse que os cientistas estudam partículas como o bóson de Higgs (Foto: Cern)
Decaimento
Um dos motivos pelos quais é tão difícil detectar o bóson de Higgs é a sua instabilidade. Essa partícula dura muito pouco tempo e rapidamente se transforma – decai, no jargão científico – em outras. Para encontrar a nova partícula anunciada nesta quarta, eles estudaram o resultado destes decaimentos.

Tanto o CMS quanto Atlas concentraram seus esforços em duas partículas específicas: os fótons, que é como a luz se manifesta, e os bósons Z, que medeiam a chamada força fraca. O resultado foi suficiente para identificar a existência de uma partícula inédita, mas não para caracterizá-la em detalhes.
Para confirmar se o bóson descoberto é mesmo a “partícula de Deus”, será necessário estudar a fundo os decaimentos. O Modelo Padrão – conjunto de teorias mais aceito para explicar as interações da natureza e as partículas fundamentais que constituem a matéria – prevê o decaimento do bóson de Higgs em diferentes partículas, cada uma em determinada quantidade.
O próximo passo dos cientistas é testar os vários decaimentos decorrentes dessa partícula. Se os resultados continuarem sendo coerentes com o Modelo Padrão, será confirmado que ela é mesmo o bóson de Higgs.
Caso haja divergências, pode ser que explicações teóricas alternativas sejam adotadas. Já existe uma, chamada de supersimetria, que faz adendos ao Modelo Padrão e prevê a existência de vários bósons de Higgs com pequenas divergências entre si. Enquanto estas experiências não mostrarem resultados, é impossível afirmar qual dos modelos se adéqua melhor à natureza.
Representação gráfica de colisão de prótons realizada no LHC (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)
Representação gráfica de colisão de prótons realizada no LHC (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)
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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Os Dinossauros tinham sangue quente!
Estudo revela que esses gigantes pré-históricos não eram animais de sangue frio como se pensava
Samuel Santos - Diarinho
Publicação: 28/06/2012 11:09Atualização:

Todo mundo está acostumado a ouvir que os dinossauros eram animais de sangue frio não é mesmo ? Pois agora essa verdade foi quebrada. Um estudo feito por um grupo de pesquisadores da Espanha acabou de provar o contrario sobre estas incríveis criaturas.

O estudo afirma que os dinossauros não tinham um metabolismo lento, que é comum nos répteis típicos ( nome dado aos répteis que não conseguem deixar a temperatura do corpo estável como as cobras e lagartos ).

Segundo os pesquisadores, o fluxo de sangue nestes enormes animais era muito intenso, o que os deixa mais próximos de ter algumas características de mamíferos e aves.

 
Morre última tartaruga gigante
Estima-se que George, o solitário teria vivido mais de 100 anos
Samuel Santos - Diarinho
Publicação: 26/06/2012 13:58Atualização:


Uma notícia não muito agradável de se dar :morreu neste domingo(24) a última tartaruga da subespécie Chelonoidis abingdoni, que vivia no Parque Nacional Galápagos, nas Ilhas Galápagos. George solitário, como ele era chamado, teria morrido de causas naturais. Estima-se que o animal teria vivido por mais de 100 anos.

George não deixou herdeiros, pesquisadores vinham tentando fazer com que ele reproduzisse com algumas fêmeas que foram colocadas na ilha. Mas as tentativas não deram muitos resultados.

A tartaruga gigante foi resgatada em 1972 e viveu na Ilha durante todo este tempo.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Filme criação em 3GP


Filme "A Criação" conta o drama de Charles Darwin
Culpa, angústia e morte perseguiram o autor de A Origem das Espécies, como mostra o longa.

A abertura do longa "A Criação", de Jon Amiel,  mostra quase didaticamente do que trata a teoria que abalou as crenças do mundo há 151 anos.

O balé começa nas galáxias, migra para os protozoários, que se tornam milhares de peixinhos, depois uma revoada de pássaros, nuvens de borboletas, rebanhos...
Até chegar no homem. É exatamente quando a coisa encrespa.
Ambientado no interior da Inglaterra vitoriana, o filme mostra os não poucos dilemas vividos por Charles Darwin nos anos que antecederam a publicação de A Origem das Espécies, em 1859.
Estamos acostumados a pensar no cientista como um homem velho e barbudo, mas no filme ele tem menos de 50 anos e é vivido, ou seria melhor dizer sofrido?, por Paul Bettany (de O Código Da Vinci).

A longa jornada entre a concepção da teoria e a publicação do livro é marcada pelo dilema do autor, que vê a conclusão das próprias ideias como uma espécie de assassinato. "Você matou Deus", confirma-lhe o amigo e biólogo Thomas Huxley.
No íntimo, Darwin já não crê no divino mas, se não teme magoar a Deus, hesita em decepcionar a religiosa Emma Darwin - interpretada por Jennifer Connelly (Oscar de melhor atriz coadjuvante por Uma Mente Brilhante), esposa de Bettany na vida real.
A angústia se completa com a culpa de ambos, que eram primos, pela morte da filha Annie (Martha West), aos 10 anos. Dos 10 filhos que tiveram, sete alcançaram a vida adulta.
A história às vezes se arrasta e há um certo abuso nos truques para fazer a plateia chorar (ninguém gosta de ver uma criança definhando).
Mas é interessante observar as pequenas amostras e explicações, àquela época, de como a luta pela sobrevivência - e não os "desígnios de um Criador bondoso" - determinam quem fica e quem perece neste mundo.
Se o dramalhão ocupa mais a cabeça, e custa a saúde de Darwin, do que sua teoria revolucionária, não deixa de ser algum sinal de evolução que o sofrimento do casal termine só quando eles conseguem, finalmente, se escutar e se perdoar.
Slids sobre protozoários 2º ano "G"

slids para auxiliar os estudos da prova sobre protzoários

http://www.4shared.com/office/xcrpMj8d/PROTOZORIOS.html
baixem o conteúdo e bons estudos.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

JÁ COMEU ALFACE HOJE?
Se a resposta for sim, ótimo – sinal de que você é fã de uma dieta saudável. Agora uma segunda pergunta: tem certeza de que as folhas estavam bem lavadas? Em caso de dúvida, sentimos informa-lo: melhor teria sido abrir mão delas.

Imagine ouvir de alguém que comer salada pode fazer mal. Você na certa não daria o menor crédito. Já que conhece muita das propriedades nutricionais das verduras. Sim, elas existem e isso ninguém discute. Mas, se as folhas não forem muitíssimo bem lavadas, todas as suas decantadas virtudes, fique você sabendo, caem por terra. Nesse caso, em vez de fonte de tantos nutrientes indispensáveis, elas passam a ser uma verdadeira ameaça. Lá no cantinho mais insuspeito de uma alface, por exemplo, pode se esconder um ovo capaz de transmitir a neurocisticercose – uma doença perigosíssima que surge quando a larva da tênia, aquele parasita que infecta o porco e o intestino humano, se instala no cérebro.

Antes que você diga que isso na certa é problema de quem vive na zona rural, dos que não têm acesso a condições mínima de higiene ou ainda daqueles que adoram uma carne de porco mal passada, é bom desfazer esses mitos. Só para se ter uma idéia, um estudo recente feito em uma comunidade de judeus ortodoxos em Nova York mostrou que ali também havia casos da doença. Como explicar a cisticercose num grupo de pessoas que não come carne de porco de jeito nenhum, num dos países mais ricos do mundo? Pois é, a doença não tem fronteiras nem discrimina grupos de qualquer espécie. “Calcula-se que haja uns 400 mil casos sintomáticos na América Latina”, conta o neurologista Ronaldo Abraham, do Hospital das Clinicas paulistano. No mundo, são cerca de 50 milhões. Números nada desprezíveis, você há de convir. E isso sem falar na multidão de infectados que não apresenta nenhum sinal da doença. Por incrível que pareça, esses vermes, como todo bom parasita, laçam mão de vários mecanismos para enganar nosso sistema imunológico. E eles podem ficar bem instalados dentro da gente, sem se manifestar, por até cinco anos. Não precisa motivo melhor para lavar as folhas como se deve, precisa?

O CICLO DO MAL
Como o danado do parasita consegue chegar ao cérebro de um cidadão qualquer? É simples: há um grande contingente de pessoas – algo entre 1% e 3% da população brasileira – que carrega no seu intestino a famosa tênia. Esse verme, que mede 2, 3 metros de comprimento, libera anéis com milhares de ovinhos nas fezes da vítima. Se essas fezes caem no ambiente – ou em um esgoto não tratado –, facilmente chegam aos rios e fontes de água que irrigam as lavouras. As verduras fechadas, como a alface, são as mais afetadas, pois os ovinhos acabam presos no seu interior. Para piorar, eles são altamente resistentes e podem sobreviver até dois anos nas piores condições.

LIMPEZA É TUDO

Uma pesquisa feita pelo instituto de defesa do consumidor, o idec, reforça os motivos para lavar muito bem as folhas: é alto o índice de contaminação por coliformes fecais em verduras encontradas em estabelecimentos na Grande São Paulo. Das vinte e cinco amostras analisadas, nove estavam contaminadas. E o mais incrível é que o estudo só analisou hortaliças higienizadas, aquelas que vêm embaladas em saquinhos, prontas para o consumo e que a gente pensa que pode comer sem medo. “Não pesquisamos a presença de parasitas como a tênia”, admite Murilo Diversi, especialista em alimentos do idec. “Mas é provável que também estejam lá”.

É incrível a desenvoltura desses inimigos invisíveis. Se você ingerir uma verdura contaminada, os ovos vão para o estômago. O suco gástrico, então, se encarrega de derreter a casca, liberando os embriões dos vermes. Minúsculo, os intrusos conseguem atravessar as paredes e caem adivinhe onde? Na circulação. Nosso corpo está preparado para combatê-los, mas vencê-los é uma outra história. Isso vai depender do equilíbrio de forças entre os soldados do sistema imunológico e o exército de parasitas invasores. Uma vez dentro do organismo, eles podem se instalar nos mais variados locais – nos músculos, nos olhos ou no coração, por exemplo. “O cérebro é o lugar preferido deles, pois oferecem condições ideais de abrigo”, adianta Luis dos Ramos Machado, chefe do ambulatório de doenças neuroinfecciosas do Hospital das Clinicas de São Paulo. Há registro de casos em que se encontraram – pasme! – 450 deles na massa cinzenta. É que o tecido – mole, esponjoso e muito bem irrigado – tem tudo o que precisam para sobreviver. Além disso, o cérebro fica sob a proteção da caixa craniana. Livre de incômodos e com alimento de sobra, os embriões se desenvolvem e formam os cisticercos – larvas do tamanho de um feijão.

Os problemas acontecem quando a larva envelhece e o corpo começa a reagir pra valer. Surge uma inflamação que pode resultar em convulsões, crises epilépticas, aumento de pressão no cérebro e comprometimento de suas funções. “O sintoma vai depender de onde está o verme”, esclarece o neurologista Afonso Neves, da Universidade Federal de São Paulo. Dependendo do local onde o bandido se aloja, pode até matar. Há varias formas de controlar o mal – desde medicamentos até cirurgias. Ocorre que o próprio tratamento pode comprometer o cérebro. Portanto, vale a velha máxima: prevenir é o melhor remédio.

HIGIENE SOB MEDIDA
Lave folha por folha, em água corrente, com o talo para baixo para não espalhar os ovos que possam estar embaixo. Como eles ficam bem aderidos, use uma escovinha para removê-los. As folhas enrugadas, como a alface crespa, merece atenção especial. Para eliminar outros microorganismos você pode mergulhar as verduras durante 15 minutos em hipoclorito de sódio ou água sanitária (uma colher de sopa por litro de água). Antes do consumo, lave em água corrente mais uma vez. Esqueça o vinagre: ele não tem poder de fogo contra esses bichos.

ESTRAGO NO INTESTINO

Não confunda a neurocisticercose com teníase. São doenças diferentes, causada por dois estágios do mesmo parasita. Para se instalar no cérebro, é preciso ingerir os ovos da tênia. Ela só chega ao intestino e causa teníase quando a vítima engole a larva que estava na carne do porco mal passada. Essa larva vai parar no músculo do porco quando o animal come os ovinhos que estão no ambiente. No intestino humano, o parasita se desenvolve, vira um verme comprido e não causa maiores transtornos além de um mal-estar. Lá ele é facilmente eliminado com medicamentos.

FLAGRA NO PARASITA

O diagnóstico é mais que simples: exames como a ressonância magnética ou a tomografia mostram claramente o parasita. As imagens são bem características e não costumam deixar margem a dúvidas. O médico também faz a análise do líquor, o liquido produzido no cérebro e que circula pela coluna.

Estes são os estados brasileiros com maior índice de contaminação: São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso.

Revista Saúde é Vital.

Por: Gabriela Cupani.

sexta-feira, 25 de maio de 2012


O poder de uma fruta...




Nunca coloque sua banana na geladeira!
Isso é interessante.
Depois de ler isto, você nunca vai olhar para uma banana da mesma maneira novamente.

A banana contém três açúcares naturais - sacarose, frutose e glicose, combinados com fibra. A banana dá uma instantânea e substancial elevação da energia.
Pesquisas provam que apenas duas bananas fornecem energia suficiente para um treino de 90 minutos extenuantes. Não é à toa que a banana é a fruta número um dos maiores atletas do mundo.
Mas energia não é a única forma de uma banana poder nos ajudar a manter a forma. Pode também nos ajudar a curar ou prevenir um grande número de doenças.Tornando-se uma obrigação adicionar a banana à nossa dieta diária.



Depressão: De acordo com recente pesquisa realizada pela MIND, entre pessoas que sofrem de depressão, as pessoas se sentiam melhores após ter comido uma banana. Isto porque a banana contém triptofano, um tipo de proteína que o corpo converte em seratonina, reconhecida por relaxar, melhorar o seu humor e, geralmente, fazem você se sentir mais feliz.
TPM Esqueça as pílulas - coma uma banana. A vitamina B6 regula os níveis de glicose no sangue, que podem afetar seu humor.
Anemia: contendo muito ferro, bananas estimulam a produção de hemoglobina no sangue e ajudam nos casos de anemia.
Pressão Arterial: Este fruto tropical é muito rico em potássio, mas reduzido em sódio, tornando-a perfeita para combater a pressão alta. Tanto é assim, que a Food and Drug Administration nos Estados Unidos, permitiu que a indústria da banana oficialmente informasse ao publico, que ao comer essa fruta,ela poderá reduzir o risco de pressão alta e infarto.
Cérebro: 200 estudantes da escola Twickenham na Inglaterra, tiveram ajuda nos exames este ano, comendo bananas no café da manhã, lanche e almoço em uma tentativa de elevar sua capacidade mental. A pesquisa mostrou que o elevado teor de potássio na banana, pode ajudar a aprendizagem, tornando os alunos mais alertas.
Constipação: com elevado teor de fibra, incluir bananas na dieta pode ajudar a normalizar as funções intestinais, ajudando a superar o problema sem recorrer a laxantes.
Ressaca: uma das formas mais rápidas de curar uma ressaca é fazer uma vitamina de banana, adoçado com mel .. A banana acalma o estômago e, com a ajuda do mel aumenta os níveis de açúcar no sangue, enquanto o leite suaviza e reidrata o sistema.
Azia: elas têm efeito antiácido natural no organismo, por isso, se você sofre de azia, experimente comer uma banana para aliviar.
Enjôo matinal: comer uma banana entre as refeições ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue elevado e evita as náuseas.
Picadas de mosquito: antes do creme para picada de inseto, experimente esfregar a zona afectada com a parte interna da casca da banana. Muitas pessoas acham excelentes para reduzir o inchaço e a irritação.
Nervos: Bananas são ricas em vitaminas do complexo B que ajuda a acalmar o sistema nervoso.




Excesso de peso e no trabalho? Estudos do Instituto de Psicologia na Áustria mostram que a pressão no trabalho leva à excessiva ingestão de alimentos como chocolate e biscoitos. Estudando 5000 pacientes em hospitais, pesquisadores concluíram que os mais obesos eram os que mais sofriam de pressão alta e ataques de ansiedade. O relatório desse estudo, concluiu que: para evitar que comamos biscoitos e doces quando estamos ansiosos, então é necessario que se coma alimentos ricos em carboidratos a cada duas horas para manter níveis estáveis de acúcar no sangue, e é aí que entra a nossa querida banana.
Úlceras: A banana é usada na dieta diária contra desordens intestinais pela sua textura macia e suavidade. É a única fruta crua que pode ser comida sem desgaste em casos de úlcera crônica. Também neutraliza a acidez e reduz a irritação, protegendo as paredes do estômago.
Controle de temperatura: Muitas culturas vêem a banana como fruta 'refrescante', que pode reduzir tanto a temperatura física como emocional de mulheres grávidas. Na Tailândia, por exemplo, as grávidas comem bananas para os bebês nascerem com temperatura baixa.

Seasonal Affective Disorder (SAD): a banana auxilia os que sofrem SAD, porque contêm a vitamina B6 e Triptofano, que nos acalma e nos faz ficar bem humorados.
Fumar e Uso do Tabaco: As bananas podem ajudar as pessoas que tentam deixar de fumar.Vitaminas - A, B6 e B12, assim como o potássio e magnésio, ajudam o corpo a recuperar dos efeitos da retirada da nicotina.
Stress: O potássio é um mineral vital, que ajuda a normalizar os batimentos cardíacos, levando oxigênio ao cérebro e regula o equilíbrio de água no corpo. Quando estamos estressados, nossa taxa metabólica se eleva, reduzindo os níveis de potássio que podem ser reequilibrado com a ajuda da banana,que é rica em potássio.
Enfarto: de acordo com pesquisa publicado no New England Journal of Medicine, comer bananas como parte de uma dieta regular, pode reduzir o risco de morte por enfarto em até 40%!
Verrugas: os interessados ​​em alternativas naturais juram que se quiser eliminar verrugas, pegar um pedaço de casca de banana e colocá-lo sobre a verruga, com o lado amarelo para fora. Segure cuidadosamente a casca no local com esparadrapo!

Assim, a banana é um remédio natural para muitos males. Quando você compará-lo com uma maçã, tem quatro vezes mais proteínas, duas vezes mais carboidratos, três vezes mais fósforo, cinco vezes mais vitamina A e ferro e o dobro das outras vitaminas e minerais. Também é rica em potássio e é um dos alimentos mais valiosos p'ra nossa saúde. Então talvez seja hora de mudar essa frase em ingles,tão conhecida: 1 apple a day, keep the doctor away, e que nós traduzindo deveríamos usar: "Uma banana por dia mantém o dr sem freguesia!"