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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Silds sobre Flores e Frutos

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bons estudos

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Novo anfíbio anuro é descoberto em reserva da Mata Atlântica do Paraná
Publicação: 02/08/2012 20:19Atualização:
Uma nova espécie de anfíbio anuro - rãs, pererecas e sapos - foi descoberta no bioma Mata Atlântica da Reserva Natural Salto Morato, em Guaraqueçaba, no Paraná, espaço de preservação mais ameaçado no país. O Brachycephalus tridactylus foi encontrado há cinco anos, mas somente no último mês de junho foi oficialmente declarado como nova descoberta em artigo da revista internacional Herpetologica.

O animal foi achado pelo biólogo Michel V. Garey na reserva Salto Morato, administrada pela Fundação Grupo Boticário. A pesquisa recebeu apoio da fundação por meio de parceria com o Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação (PPGECO) da Universidade Federal do Paraná.

O especialista aprofundou as análises para comparar a anurofauna (diversidade de rãs, pererecas e sapos) de três diferentes estágios sucessionais de vegetação (Capoeira, Capoeirão e Mata primária) da Floresta Atlântica da Reserva Natural Salto Morato. No total, foram registradas 42 espécies pertencentes a nove famílias. Porém, cinco delas foram encontradas em outros ambientes que não fizeram parte da amostragem e nesse grupo está o sapo Brachycephalus tridactylus.

O anfíbio anuro só vive acima de 900 metros de altitude, possui coloração alaranjada, pequeno tamanho (menor que 1,5 centímetros) e apenas três dedos nos membros anteriores, por isso do nome B. tridactylus (três dedos).
Oficialmente, pelo planeta, existem mais de 6,7 mil espécies de anfíbios. O Brasil é o país com maior diversidade do mundo. Estima-se que existam cerca de 946 espécies. Somente no Paraná são conhecidas mais de 120 tipos de anuros.

Descobertas em Salto Morato

Brachycephalus tridactylus é a segunda nova espécie descoberta na Reserva Natural Salto Morato. Em 1994, os pesquisadores Mário de Pinna e Wolmar Wosiacki encontraram a espécie de peixe Listrura boticario. O artigo que descreve o peixe foi publicado em 2002. Esta espécie, do grupo dos siluriformes, o mesmo ao qual pertencem os bagres, pintados e mandis, foi descrita com base em um único exemplar encontrado em uma poça marginal a um rio de corredeira na Floresta Atlântica, na Reserva Natural Salto Morato.

Em seus 2,2 mil hectares, a Reserva Natural Salto Morato protege a rica biodiversidade e também tem um centro de pesquisas com alojamento e laboratório para oferecer suporte aos pesquisadores. Mais de 80 pesquisas já foram realizadas no local, incluindo teses de doutorado, dissertações de mestrado e monografias de especialização, em assuntos diversos como biologia e ecologia de espécies de fauna e flora, análise do manejo da reserva, visitação, trilhas, ecoturismo, bem como os que diretamente embasam as ações de manejo do patrimônio natural da Reserva.

Por meio das iniciativas de conservação da natureza apoiadas pela Fundação Grupo Boticário, dentro da Reserva Natural Salto Morato e em diversas outras regiões do Brasil, já foi possível descrever mais de 40 novas espécies de animais e plantas. Em 21 anos de atuação, US$ 11.7 milhões foram doados para 1.306 iniciativas de 456 instituições de todo o país.


Com informações da Fundação Grupo Boticário
Fóssil deve ajudar cientistas a entender como artrópodes desenvolveram asas
Roberta Machado - Correio Braziliense
Publicação: 06/08/2012 17:22Atualização:
Muito antes do surgimento das espécies que deram origem ao homem, os insetos já davam grandes saltos na escala evolucionária. Acredita-se que os primeiros artrópodes voadores tenham surgido há mais de 300 milhões de anos, quando outros animais ainda davam os primeiros passos fora da água. A forma como essa evolução ocorreu, no entanto, sempre foi um mistério. Agora, a chave para entender como os insetos levantaram voo pode estar em um fóssil de apenas 8mm, descoberto na Bélgica e descrito na revista científica Nature desta semana: o Strudiella devonica. O espécime, que viveu há aproximadamente 365 milhões de anos, é o primeiro representante identificado da época em que se estima que a transformação tenha ocorrido.

Entre os fósseis de insetos já documentados, os pesquisadores nunca haviam conseguido encontrar algum que tivesse vivido entre 325 milhões e 385 milhões de anos atrás. Estima-se que esse buraco evolutivo, chamado de Lacuna Hexapoda, localizado entre os períodos Devoniano e Carbonífero, guarde o segredo da evolução entre os insetos terrestres e os alados. Assim, esse quebra-cabeça de 60 milhões de anos acaba de ganhar sua primeira peça. A pequena criatura de seis pernas, antenas longas e cabeça pequena lembra uma traça de livro. E suas características se assemelham às de insetos voadores.
Descoberto fóssil quase completo de inseto com 365 milhões de anos
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 02/08/2012 00:26Atualização:

Cientistas do Museu Nacional de História Natural da França anunciaram nesta quarta-feira a descoberta do primeiro fóssil completo de um inseto pré-histórico com 8 milímetros de comprimento, tórax separado da cabeça e do abdôme, três pares de patas e 365 milhões de anos.

O fóssil do 'Strudiella devonica', que teria existido no período Devoniano Superior, foi descoberto pela equipe de André Nel em um sítio da localidade de Strud (província de Namur), na Bélgica. Sua descoberta foi tema de uma publicação, esta quarta-feira, da revista científica britânica Nature.

"É o primeiro fóssil quase completo do período Devoniano", afirmou André Nel à AFP. "Foi nesta época que estes animais começaram a se diversificar, a conquistar as terras emersas", acrescentou.

"É um marco, uma testemunha" que confirma as datações moleculares (feitas a partir do estudo de DNA), segundo as quais "os insetos são muito antigos", explicou.

Até agora, os únicos restos fossilizados de insetos deste período eram duas mandíbulas encontradas na Escócia.

O 'Strudiella devonica' vem, assim, fazer a ponte entre o 'Rhyniella praecursor', com 400 milhões de anos, colêmbolo considerado um parente próximo dos insetos, e o período Carbonífero (entre 300 e 330 milhões de anos), rico em fósseis de insetos de todo tipo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

DESEQUILÍBRIO AMBIENTAL
Ibama reavalia uso de agrotóxico após desaparecimento de abelhas
Agência Brasil
Publicação: 26/07/2012 17:58Atualização:
 
Mesmo na ausência de levantamentos oficiais, alguns registros sobre a redução do número de abelhas em várias partes do país, em decorrência de quatro tipos de agrotóxico, levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a restringir o uso de importantes inseticidas na agropecuária brasileira, principalmente para as culturas de algodão, soja e trigo.

Além de reduzir as formas de aplicação desses produtos, que não podem ser mais disseminados via aérea, o órgão ambiental iniciou o processo de reavaliação das substâncias imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil. Esses ingredientes ativos foram apontados em estudos e pesquisas realizadas nos últimos dois anos pelo Ibama como nocivos às abelhas.

Segundo o engenheiro Márcio Rodrigues de Freitas, coordenador-geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, a decisão não foi baseada apenas na preocupação com a prática apícola, mas, principalmente, com os impactos sobre a produção agrícola e o meio ambiente.

Estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), publicado em 2004, mostrou que as abelhas são responsáveis por pelo menos 73% da polinização das culturas e plantas. “Algumas culturas, como a do café, poderiam ter perdas de até 60% na ausência de agentes polinizadores”, explicou o engenheiro.

A primeira substância a passar pelo processo de reavaliação será o imidacloprido, que responde por cerca de 60% do total comercializado dos quatro ingredientes sob monitoramento. A medida afeta, neste primeiro momento, quase 60 empresas que usam a substância em suas fórmulas. Dados divulgados pelo Ibama revelam que, em 2010, foram comercializadas quase 2 mil toneladas do ingrediente no país.

A reavaliação é consequência das pesquisas que mostraram a relação entre o uso desses agrotóxicos e a mortandade das abelhas. De acordo com Freitas, nos casos de mortandade identificados, o agente causal era uma das substâncias que estão sendo reavaliadas. Além disso, em 80% das ocorrências, havia sido feita a aplicação aérea.

O engenheiro explicou que a reavaliação deve durar, pelo menos, 120 dias, e vai apontar o nível de nocividade e onde está o problema. “É o processo de reavaliação que vai dizer quais medidas precisaremos adotar para reduzir riscos. Podemos chegar à conclusão de que precisa banir o produto totalmente, para algumas culturas ou apenas as formas de aplicação ou a época em que é aplicado e até a dose usada”, acrescentou.

Mesmo com as restrições de uso, já em vigor, tais como a proibição da aplicação aérea e o uso das substâncias durante a florada, os produtos continuam no mercado. Juntos, os agrotóxicos sob a mira do Ibama respondem por cerca de 10% do mercado de inseticidas no país. Mas existem culturas e pragas que dependem exclusivamente dessas fórmulas, como o caso do trigo, que não tem substituto para a aplicação aérea.

Nesta quarta-feira (25/7), o órgão ambiental já sentiu as primeiras pressões por parte de fabricantes e produtores que alertaram os técnicos sobre os impactos econômicos que a medida pode causar, tanto do ponto de vista da produção quanto de contratos já firmados com empresas que fazem a aplicação aérea.

Freitas disse que as reações da indústria são naturais e, em tom tranquilizador, explicou que o trabalho de reavaliação é feito em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Ministério da Agricultura – órgãos que também são responsáveis pela autorização e registro de agrotóxicos no país. “Por isso vamos levar em consideração todas as variáveis que dizem respeito à saúde pública e ao impacto econômico sobre o agronegócio, sobre substitutos e ver se há resistência de pragas a esses substitutos e seus custos”, explicou o engenheiro.

No Brasil, a relação entre o uso dessas substâncias nas lavouras e o desaparecimento de abelhas começou a ser identificada há pouco mais de quatro anos. O diagnóstico foi feito em outros continentes, mas, até hoje, nenhum país proibiu totalmente o uso dos produtos, mesmo com alguns mantendo restrições rígidas.

Na Europa, de forma geral, não é permitida a aplicação aérea desses produtos. Na Alemanha, esse tipo de aplicação só pode ser feito com autorização especial. Nos Estados Unidos a aplicação é permitida, mas com restrição na época de floração. Os norte-americanos também estão reavaliando os agrotóxicos compostos por uma das quatro substâncias.
PANGEA
Cientistas estudam semelhanças geológicas entre África e América do Sul
Agência Brasil
Publicação: 30/07/2012 22:26Atualização:
 
Após cinco anos de estudos, pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Africa do Sul, Austrália, Alemanha, França, Portugal, Uruguai e Argentina desvendaram as semelhanças geológicas entre os continentes africano e sul-americano. Eles pesquisaram a correlação dos terrenos que formam a parte oeste da África com o leste da América do Sul.

Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP) Miguel Basei, coordenador do estudo no Brasil, foi possível definir inúmeros locais do oeste da África que, ao redor de 500 milhões de anos atrás, estavam unidos a seus congêneres sul-americanos. “São terrenos  que eram contínuos, mas foram separados quando da abertura do oceano Atlântico. Essa identificação foi um dos pontos centrais de nossa pesquisa”, declarou Basei.

Pelas simulações feitas, em computador, é possível prever como a dinâmica de movimento dos continentes desenhará o planeta no futuro. Segundo o pesquisador, em 50 milhões ou 100 milhões de anos, haverá uma nova distribuição dos continentes com fusões e fissões das massas continentais atuais. Esse processo, que está em curso, inclui, o aumento da distância entre Brasil e África, com o oceano Atlântico se abrindo cada vez mais”, ressaltou.

Essa abertura dos continentes teve início há 130 milhões de anos e segue gerando reflexos em toda porção leste da América do Sul. Um exemplo é a criação das bacias onde foram descobertos, recentemente, os poços de petróleo do pré-sal. Basei explica que esses fenômenos, porém, ocorreram em época mais recente do que a abordada pelos projeto. Apesar de não contemplar o período de estudo do projeto, o cientista lembra que a dissipação de energia gerada por esses processos recentes utilizam-se das feições mais antigas. “É importante conhecer a estruturação anterior para sabermos como no futuro elas poderão vir a influenciar este processo”, disse.

Portanto, a previsão de terremotos e vulcões, embora não tenha sido alvo da pesquisa, tem relação com o estudo evolutivo feito sobre os terrenos. Na Cordilheira dos Andes, explica Bassei, houve um 'mergulho' das placas oceânicas por baixo do continente sulamericano. “Esse processo gera vulcanismo e os terremotos, mas isso é porque lá o processo é distinto geologicamente do que ocorre no lado que diz respeito ao Brasil”.

Além da comparação geológica entre os dois continentes, os pesquisadores estudaram a forma como a América do Sul evoluiu. Ela cresceu em sua extremidade oeste por expansão de terrenos. “Antes da evolução dos Andes, que é uma cadeia de montanhas jovem, nós tivemos inúmeros terrenos que não se formaram na América do Sul, mas que se juntaram a ela em torno de 450 milhões de anos atrás”, conta o pesquisador.

O projeto permitiu a montagem de dois laboratórios que contam com equipamento de última geração: o Shrimp, sigla em inglês para microssonda iônica de alta resolução, e o Laicpms constituído por uma fonte de laser acoplada a um espectrômetro de massas. Ambos permitem a determinação da idade de minerais presentes nas rochas analisadas, forma usada pelos cientistas para caracterizar terrenos de épocas tão distantes. Segundo Basei, o mineral utilizado durante a pesquisa foi o zircão, que tem urânio em sua constituição. Ele conta que, com o tempo, o zircão se desintegra para o chumbo por força da radioatividade. A medição da quantidade desses elementos permite, assim, aos cientistas descobrirem a idade da rocha.

Participaram do estudo 17 pesquisadores brasileiros (11 do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, 01 da Universidade Estadual de Campinas, 02 da Universidade Federal do Paraná, 01 da Universidade Federal de Pernambuco e 01 do Serviço Geológico do Brasil) e 12 cientistas estrangeiros (01 dos Estados Unidos, 02 da Africa do Sul, 01 da Austrália, 01 da Alemanha, 01 da França, 01 de Portugal, 02 do Uruguai, e 03 da Argentina).
Cupins idosos em colônias se autoexplodem para proteger resto da colônia
Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Publicação: 28/07/2012 02:00Atualização:
Cupim suicida: espécie subterrânea vive na região neotropical. Quinze subtipos são encontrados no Brasil. Foto: R. Hanus/Divulgação
Cupim suicida: espécie subterrânea vive na região neotropical. Quinze subtipos são encontrados no Brasil. Foto: R. Hanus/Divulgação
No mundo dos insetos, a razão supera a sensibilidade. Os indivíduos mais velhos, que já não conseguem fazer o duro trabalho dos operários, são mandados para o front. A lógica: de alguma forma, é preciso colaborar com o grupo. Como as mandíbulas gastas dificultam a alimentação, eles se tornam um fardo. O jeito de resolver isso é mandá-los para fora do ninho, onde podem, ao menos, ajudar na proteção dos demais. Os bravos “idosos” assumem a nova tarefa e, tal como os pilotos camicases da Segunda Guerra Mundial, se sacrificam pelos outros. Na presença do inimigo, eles explodem, lançando no ambiente substâncias tóxicas e venenosas.

A última missão de uma espécie de cupim foi descrita na edição de hoje da revista Science. Um grupo de pesquisadores da República Tcheca, da Bélgica e do Japão estudou o comportamento suicida dos Neocapritermes taracua, que vivem na região neotropical, inclusive, no Brasil. O autossacrifício não é uma exclusividade dessa espécie. Outros insetos têm ação semelhante, como as formigas camicases, do sudeste asiático. Elas contêm uma substância tóxica dentro do corpo e, em situações de risco, se explodem para lançar o veneno que imobiliza o predador. Também asiático, o cupim Globitermes sulphureus primeiro captura o inimigo com a mandíbula para, então, romper glândulas de seu abdômen, que produz uma substância amarela e tóxica. Além de matar o adversário, esse líquido tem um cheiro que ajuda a avisar os outros sobre o perigo.