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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Paleontologia »
Ainda no ovo, dinossauros se desenvolviam com rapidez
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 11/04/2013 15:40Atualização:
Visitantes observam esqueleto de Lufengossauro em Hong Kong, 26 de outubro, 2008. Foto: AFP/Arquivo/Ted Aljibe
Visitantes observam esqueleto de Lufengossauro em Hong Kong, 26 de outubro, 2008. Foto: AFP/Arquivo/Ted Aljibe
A descoberta na China de embriões de dinossauros do período Jurássico inferior, em fases diferentes de desenvolvimento, apresenta novas informações sobre o crescimento desses gigantes, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature.

Uma equipe internacional liderada por Robert Reisz, da Universidade de Toronto, traz ao público a descoberta, na província chinesa de Yunnan, de um depósito natural contendo cerca de 200 ossadas que datam de 190 a 197 milhões de anos atrás.

"Estamos abrindo uma nova janela sobre a vida dos dinossauros", explicou Robert Reisz. "É a primeira vez que temos a oportunidade de estudar o crescimento embrionário dos dinossauros".

"Os resultados terão grande impacto na nossa compreensão da biologia desses animais", continuou.

O sítio de Lufeng possui cerca de 20 indivíduos da espécie Lufengossauro, um sauropodomorfo de pescoço longo, o dinossauro mais comum nesta região durante o período Jurássico inferior. O Lufengossauro adulto media aproximadamente oito metros.

Os embriões de dinossauros são geralmente encontrados em ninhos individuais, e oferecem o estudo de apenas um momento no estado de desenvolvimento. Os ossos desarticulados encontrados na China vinham provavelmente de diversos ninhos contendo dinossauros em diferentes estados embrionários, e deram aos pesquisadores a possibilidade de estudar um modelo de crescimento.

A equipe se concentrou no maior osso embrionário, o fêmur. Comparando o tamanho de fêmures nos diferentes estados de desenvolvimento, os pesquisadores perceberam uma curva de crescimento constante e rápida. Esse crescimento rápido pode indicar que os sauropodomorfos, família de dinossauros herbívoros famosa pelo seu tamanho imenso, tinham curto período de incubação.

Os pesquisadores também notaram sinais que mostram uma ativação muscular antes da eclosão dos ovos. "Isso sugere que os dinossauros, como os pássaros modernos, se mexiam dentro de seus ovos", informou Reisz. "É a primeira que que isso pôde ser provado nos dinossauros".

De acordo com os pesquisadores, "essa capacidade de crescimento rápido continuava após a eclosão, explicando a característica dos sauropodomorfos de chegar a um tamanho adulto mais significativo que outros dinossauros contemporâneos, e em alguns casos, de chegar a proporções gigantescas".

Apenas cerca de um metro quadrado do depósito de ossadas foi exumado até agora.
H7N9
OMS: vírus que só infectava aves sofre mutação e pode contaminar humanos
OMS informou que vírus H7N9 sofreu mutações genéticas e evoluiu para forma capaz de atingir pessoas (Karlos Geromy/OIMP/D.A Press)

Agência Brasil
Publicação: 03/04/2013 15:13Atualização:
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou hoje (3) que o vírus H7N9, que até então só afetava aves, sofreu mutações para uma forma capaz de infectar as pessoas. "Foi detectada uma mutação do vírus que permite a infecção em mamíferos", disse o porta-voz da OMS, Gregory Hartl. "Aparentemente a mutação facilita a infecção em humanos." De acordo com a agência da ONU, há sete casos confirmados de pessoas infectadas pelo vírus H7N9. As autoridades chinesas elevaram o número para nove, e relataram três mortes. No entanto, Hartl disse que "não há qualquer prova" de contágio entre pessoas. Segundo ele, uma das probabilidades é que a infecção “seja ambiental”. O porta-voz considerou de "moderada a alta" a possibilidade de novas infecções de humanos.
Autoridades sanitárias não conseguiram estabelecer qualquer relação epidemiológica entre os infectados associando os casos às áreas geográficas. Há estudos sobre dois casos de pessoas que mantiveram contatos com aves e dois com porcos. A possibilidade de os suínos serem a fonte de contágio não foi confirmada.
Aquário de Tóquio exibe peixe com sangue transparente, único no mundo
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 06/04/2013 03:10Atualização:
O peixe com sangue transparente, capturado no oceano Antártico. Foto: AFP/Yoshikazu Tsuno
O peixe com sangue transparente, capturado no oceano Antártico. Foto: AFP/Yoshikazu Tsuno
O aquário de Tóquio apresentou um peixe com sangue totalmente transparente, uma criatura única no mundo procedente das profundezas do Oceano Antártico.

"Este peixe é o único animal vertebrado conhecido com sangue transparente. Seu sangue é transparente porque não tem hemoglobina, que dá a coloração vermelha ao sangue e transporta oxigênio" pelo corpo, explicou à AFP Satoshi Tada, funcionário do aquário de Tóquio.

O aquário da capital japonesa diz ser o único a ter exemplares deste peixe sem escamas, encontrado por pescadores. "Felizmente temos um macho e uma fêmea e em janeiro, cruzaram", disse Tada.

Segundo os pesquisadores, estre peixe, que vive a mil metros de profundidade, pode sobreviver sem hemoglobina graças ao tamanho do seu coração e usa seu plasma sanguíneo para fazer circular oxigênio pelo corpo.

Pelo que parece, ele absorve o oxigênio através da pele, mas ainda resta um mistério a resolver: "por que perdeu hemoglobina? Faltarão estudos e pesquisas para elucidar este ponto", disse Tada.