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segunda-feira, 9 de julho de 2012

DEVASTAÇÃO
Efeitos do El Niño fizeram que corais parassem de crescer há 4 mil anos
Max Miliano Melo -
Publicação: 06/07/2012 15:54Atualização:
Os corais do Panamá foram escolhidos pelos pesquisadores para a análise. Foto: Richard Aronson/Nature/Divulgação
Os corais do Panamá foram escolhidos pelos pesquisadores para a análise. Foto: Richard Aronson/Nature/Divulgação
Os recifes de corais estão entre as estruturas mais importantes para o equilíbrio na vida nos oceanos. Estima-se que 25% de toda a vida marinha vivam nessas formações calcárias, que abrigam até 9 milhões de espécies de animais, vegetais e micro-organismos. Uma pesquisa divulgada na edição de hoje da revista científica Science mostrou que, há cerca de 4 mil anos, essas estruturas-chave dos mares entraram em colapso. O El Niño, fenômeno que leva água quente para o Pacífico Oriental, fez os corais pararem de crescer por até dois milênios. A descoberta ajuda a entender o que pode acontecer com as estruturas atuais caso as mudanças climáticas não sejam freadas.

Para chegar à essa conclusão, os pesquisadores utilizaram regiões mortas de corais. “Com tubos de alumínio, extraímos registros históricos que remontam 6 mil anos atrás, o tempo total de vida dos recifes até agora”, explica Richard Aronson, diretor do Departamento de Ciências Biológicas da Flórida. Depois de analisar as amostras e a datação das diversas camadas de coral, os pesquisadores conseguiram determinar o processo de evolução dos recifes. “Descobrimos que os recifes cresceram rapidamente no início, há cerca de 6 mil anos, mas eles pararam de crescer abruptamente”, completa o especialista norte-americano.

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